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Com: Joobyson Lima

Após polêmica, Bolsonaro cita procurador contrário a discussão de gênero para Educação.

22/11/2018 as 09:24
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), citou nesta quinta-feira (22) o procurador da República Guilherme Schelb como um dos nomes avaliados como possível ministro da Educação em seu governo.

Bolsonaro não confirmou a indicação do procurador, mas disse que hoje teria conversas sobre essa possibilidade. O futuro presidente não confirmou quem comandará a pasta da Educação.

"Eu vou conversar hoje sobre o Guilherme Schelb também, a gente conversa para tomar a decisão na frente, é um ministério importantíssimo e é ali que está o futuro do Brasil", disse.

"Nós passamos, se for ver os últimos 10, 15 anos, se dobrou o gasto da educação e a qualidade diminuiu, então o Brasil não pode ir para frente com a educação dessa maneira", afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro também disse que poderá conversar nesta quinta-feira com outro cotado para o cargo, Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna.

"Eu estou pronto para conversar com todo mundo, eu não sei se ele vai estar em Brasília hoje, se estiver eu converso, já conversei no passado com Viviane Senna, já conversei com outras pessoas e nós temos que ter um bom nome técnico que realmente faça com que no final da linha a garotada tenha uma previsão", disse o presidente eleito.

Guilherme Schelb é procurador da República com atuação no MPF (Ministério Público Federal) em Brasília e defensor da proibição de que as escolas discutam assuntos envolvendo gênero e sexualidade.

Em março do ano passado, a PFDC (Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão) divulgou nota técnica afirmando ser inconstitucional uma iniciativa de Schelb para proibir esse tipo de discussão nas escolas.

Segundo a PFDC, Schelb foi o autor de uma notificação extrajudicial divulgada na internet com o objetivo de inibir esse tipo de debate nas escolas.

O documento era dirigido a diretores de escola e professores e afirmava que caso eles apresentassem em sala de aula conteúdos sobre sexualidade e gênero poderiam ser processados judicialmente.


Fonte: Uol